desassossego

dizem que, a uma certa idade, nós as mulheres nos fazemos invisíveis. que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.

eu não sei se me tornei invisível para o mundo, mas pode ser. porém nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.

descobri que não sou uma princesa de contos de fadas; descobri o ser humano sensível e também muito forte que sou. com suas misérias e suas grandezas. descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros.
e apesar disso… gostar de mim.

quando me olho no espelho e procuro quem fui, sorrio àquela que sou. me alegro do caminho andado, assumo minhas contradições. sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado porque agora me atrapalha. seu mundo de ilusões e fantasias, já não me interessa. é bom viver sem ter tantas obrigações. que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.

“a vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir"

minha mãe (do murilo)

2 comentário(s): Postar um comentário
  david santoza

1 de dez. de 2008, 10:20:00

=]

  Anônimo

31 de dez. de 2008, 11:52:00

Uau...